[Resenha] Livre: o último livro de Christian Grey, parte 1

Escrever sobre Livre, a última parte da história Cinquenta Tons, narrada por Christian Grey, foi um prazer acima do esperado. Ficou enorme! Dividi então em três partes. Fique aqui com a parte 1.

Ao som de Nina Simone, eu vos escrevo 🎶

Olá, queridas leitoras!

Hoje é dia da gente conhecer mais sobre o maior zum-zum-zum do momento! Já sabe qual? Estou falando de Livre: o terceiro livro de Christian Grey que chegou para unir as pontas soltas e fechar o círculo do sombrio romance Cinquenta Tons de Cinza, criado por E L James.

Já aviso que teremos Spoilers!!! Possivelmente não será nenhuma grande revelação, afinal de contas, este é um mais do mesmo, que todo mundo já sabe onde vai dar.

Aproveitem! 💜

Começo minha narrativa com uma pitada de aborrecimento por tantos erros gramaticais, e até de coerência. Não ficou do nível esperado da Intrínseca. Inclusive, com uma tradução que pecou bastante, deixando frases desconexas em nosso contexto.

Mais uma vez, aqui em Livre, eu senti uma coisa que já havia sentido antes, nos dois livros anteriores: um endeusamento do personagem Grey. Assim, como se ele fosse uma espécie de Deus no Universo, com todos à sua volta o servindo e amando. A história fica pobre sabe, meio boba, quase imatura, eu diria. Achei essa nuance forte demais em Livre.

Por exemplo… o Grey é um cara discreto e de pouca conversa. Mas, do nada, ele recebe festa surpresa da equipe da empresa. Recebe os parabéns da governanta, pelo aniversário de casamento! Oi? 😳 Então seus funcionários são tão dedicados que guardam a data do aniversário de casamento e, além disso, são invasivos assim, no café da manhã com felicitações. Consegue entender que não faz sentido?
Coisas non sense, tipo a Ana conseguiu entrar no banco armada, mas o segurança dela não conseguiu fazer o mesmo porque as portas de detector de metais o impediram. 🧐

Minha opinião, tá gente?! 😬

O livro em si é enorme! 😍 Muito maior que a primeira versão Cinquenta Tons de Liberdade. Ele foi aumentado, com muito mais detalhes e muito mais invenção de moda novidade por parte da autora. Eu diria que ela se empolgou, e quis explorar bem o final de sua obra prima. Eu li pelo kindle, o que fica mais pessoal a contagem de páginas, mas o livro impresso tem 752 páginas – contra 544 páginas do seu correspondente. Viu! Aumentou muito! O título original dele em inglês é Freed.

Os capítulos, como sempre, são as datas que ocorreram os fatos, começando em 19 de junho de 2011 e terminando em 21 de setembro do mesmo ano. Como das outras vezes, tudo foi muito rápido. O epílogo foi em 30 de julho de 2012.

O viés inteiro do livro é desvendar de vez o Grey. Torná-lo livre, finalmente. Isso é amplamente mostrado, explicando muito a conexão dele com o passado, com o lar adotivo, com mãe biológica. Bem bacana, e do ponto de vista da psicologia, talvez explique a loucura toda da mente dele.

Há também algo de bobo na história do Ethan, o irmão da Kate. Ele não quer nada com a Mia? Ele dá um fora nela mas não sai de perto da turma toda? 🤔 No livro correspondente a gente até entende que eles estão juntos, ou é coisa da minha cabeça?

A parte da Ms. Robson foi totalmente explicada. Entendemos a profundidade da loucura de Christian e Elena. O encerramento da história deles, na época em que Christian descobriu que iria ser pai. Ah, e ele – como sempre – foi bem generoso com ela. Vimos que o final dos negócios deles foi um presente de Christian para a mulher que o ajudou a subir na vida. 🤨

No mais, temos o de sempre, que adoramos: muito luxo, muito romance, muito amor, muito sexo. Muito carinho, cuidado, proteção, zelo, descobrimentos, drama, e sofrência de amor. Por fim, o que todo mundo sabe que funciona bem, a combinação de sou muito rico, com muito jovem, com muito bem sucedido, com muito bem casado, obrigado. 😂

O Ancoradouro é a cena de abertura do livro, dando sequência exata do término do anterior, onde Christian – oficialmente – pediu a mão de Ana em casamento.

Aqueles desencontros básicos entre o cinema e a literatura existem o tempo todo e, em certo ponto, são bem frustrantes. O belo vestido de Ana no filme sabe? Aquele vermelho escarlate no dia do aniversário do Christian – onde ele comunicou a todos sobre o casamento com a doce Anastasia Steele – era, na verdade, verde esmeralda no livro…  Ana e Christian dormem na casa de Carrick e Grace, pois já está tarde para voltar pra casa?! Como assim gente?! 🤷‍♀️

Só eu que achei nada a ver essas mudanças bobas? Essa pernoite na casa dos pais de Christian não teve no original, teve?

Novamente, minha opinião hein… 🙆‍♀️

Há muito, muito mesmo, sobre os bastidores da rotina do super mega power top master empresário Christian Grey. Ele se ocupa de vários assuntos, com sua eficiente e proativa equipe. Ele tem uma horda de funcionários, é claro, e todos o amam, o endeusam o respeitam e tudo corre bem no mundo das fusões e aquisições da vida do nosso herói. #ôooláemcasa

As trocas de e-mail e brincadeiras com a Anastasia estão presentes, em maior escala desta vez. O Christian está muito – por falta de palavra melhor – comunicativo. É legal, foi uma estratégia boa para a narrativa ficar mais leve e verossímil. Ah, e falando em comunicar-se bem, ele também tem muitas sessões no terapeuta, o que explica bastante sobre os traumas e sonhos – muitos sonhos! – perturbadores. E, as falas dele pedir a ela zilhares de vezes para usar o BlackBerry é irritante constante. 😴

A história da sabotagem do Charlie Tango retorna aqui, claro. Com mais pitadas do que rolou sem a Ana saber. Relatórios, reuniões e etc. em função do helicóptero. 🚁 Christian muito envolvido com a investigação, e sua família muito mais próxima dele do que dá a entender no livro correspondente.

Apareceu um quarto do pânico no apartamento que eu nem me lembro dele ter existido anteriormente. Estou com memória curta, será? Devo reler Cinquenta Tons de Liberdade?!

Genuína esta pergunta, se eu estiver com a memória curta, me relembre aí nos comentários! 😵‍💫

Ana e sua frase: Christian, quantas vezes eu já disse que não vou embora, não vou a lugar nenhum volta com força total. A insegurança dele, o medo de ela partir, o trauma de ela já ter partido uma vez… tudo isso é bem exaustivo, mas acho que faz parte do drama, né? Assim como o fato de ele ser o super-herói romântico e sempre estar pegando Ana no colo, dando tapinhas no bumbum da Ana, acordando Ana de dormidas em carros em movimento e em cochilos pós sexo, e fofuras afins. 

Aqui já estamos quase na página 100 e nada de casamento, muito menos de viagem de lua-de-mel. Ou seja, há vários acréscimos de acontecimentos antes de chegarmos nesta parte da história. Uma programação enorme do cerimonial do casamento – Alondra Gutierrez é a responsável pela mágica toda – ela existia?! Reunião da Ana com a sogra 🤷‍♀️, encontro da Ana com o Christian só para falar de lista de convidados, modelo de bolo, cardápio e lembrancinhas… Novamente tenho que dizer: 🤷‍♀️

O feriado de 4 de julho que eles passaram velejando no The Grace, eu acho que foi mais uma invenção de moda… será?! Bem como despedidas de solteiro do Christian e a da Ana em enorme grande estilo. Você vai ver muito do Elliot aqui. E uma looooonga discussão sobre os votos matrimoniais, onde Ana enlouquece com o pedido do Christian para que ela prometa obediência a ele… estamos no século XVIII?

Há muito mais destaque para a compra da nova mansão dos Grey, o Elliot participando da reforma e tal – já sabíamos, mas aqui tem mais detalhes. O lance com a Gia Matteo foi o mesmo. Há também muito dos medos e dúvidas e incertezas do Christian quanto a sua capacidade de se comprometer com o casamento…

Há uma compra de um novo planador. Acho que também foi um acréscimo de acontecimentos. Christian e Ana planaram novamente, desta vez em um modelo recém lançado. Caro e incrível, bem no estilo Grey de ser.

Novidade, gente? 🥰

De uma forma geral, este livro é bem mais romântico, porque acompanhamos todo o amadurecimento de Christian, toda sua evolução de dominador até um marido rendido e completamente apaixonado.

Mas, estamos em quase 25% do livro e nada dO Casamento, nada dA Lua-de-mel. Nada de empatar com o começo do Cinquenta Tons de Liberdade. Louco, né?

Fico por aqui. Quero continuar, mas já está enorme! Não consigo ser sucinta, tem coisa demais a falar. Espero que vocês estejam curtindo essa síntese dos acontecimentos, é uma boa maneira de se preparar para ler o livro. Ou, de matar a saudade, se você, assim como eu, for apaixonada por ler e reler o que te faz feliz.

Na sequência, eu escreverei a síntese parte 2 de Livre. Falando ainda mais sobre o terceiro, e último livro, escrito pelos olhos de Christian Grey.

Obrigada, e até breve! 💜

3 Replies to “[Resenha] Livre: o último livro de Christian Grey, parte 1”

    1. Menina! Você sabe também não achei?
      Quando eu fiz o post, o kindle me dizia que eram 966 e eu nem fui conferir.
      Vou corrigir lá! Obrigada pela mensagem!

      Você gostou do livro? Beijos!

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *